Em palpos de aranha, Uerj terá de entregar dados de folhas secretas de “programas especiais” para o TCE

lodi castro

Ex-reitor da Uerj Ricardo Lodi e o governador acidental Cláudio Castro: uma proximidade que agora se mostra constrangedora para a Uerj

Uma nova reportagem assinada pela dupla Igor Mello e Ruben Berta que foi publicada nesta 3a. feira pelo portal UOL mostra que o imbróglio das folhas secretas que foi inicialmente detectado na Fundação Ceperj está deixando a reitoria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), como diriam os antigos, em palpos de aranha. 

É que agora, segundo informam os dois jornalistas do UOL, a reitoria da Uerj terá de enviar para análise do Tribunal de Contas do Estado as folhas de pagamento do programa conhecido como”Observatório Social da Operação Segurança Presente” (OSOSP), visto que os técnicos do órgão de fiscalização avaliaram que há risco de danos aos cofres públicos.

Há que se lembrar que foi graças às reportagens de Igor Mello e Ruben Berta que todo esse imbróglio veio a conhecimento público, inicialmente, como já observei, na Fundação Ceperj. O problema é que está parecendo que o problema é ainda mais grave no caso da Uerj, já que existem pelo menos outros 12 programas “especiais” em execução pela universidade que só em 2022 gastaram sem nenhuma transparência quase R$ 600 milhões.

 Mas por mais que a reitoria da Uerj tente negar a condição embaraçosa em que a instituição se encontra por causa das descobertas ligadas aos chamados “programas especiais”, a coisa parece estar tomando um rumo muito esquisito, na medida em que os técnicos do TCE estão solicitando, entre outras coisas: o  envio de planilha com informações sobre todos os contratados no programa, informando a relação dos locais de atuação do pessoal admitido, informações sobre as atividades desenvolvidas, bem como a carga horária trabalhada; justificativas de porque as contratações foram feitas por RPA (Regime de Pagamento Autônomo), explicações sobre o motivo do aumento de orçamento previsto para 2022 –que deve chegar a R$ 141 milhões, A Uerj deverá ainda revelar o total de pessoas contratadas em cada cargo na equipe técnica, com as respectivas remunerações de cada função.

A reportagem mostra ainda que o TCE está exigindo o envio de diversos documentos obrigatórios não divulgados, como os relatórios de atividade de 2021 e do primeiro semestre deste ano relativo ao programa. 

Em outras palavras, o rolo está armado e a Uerj está claramente enrolada. E eu pergunto: e tudo isso para quê e para atender quais interesse e de quem? Com a palavra, a reitoria da universidade.

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