De janeiro a novembro, foram destruídos pelas chamas 116.845 km² do território da Amazônia e do Pantanal, área equivalente a quase três estados do Rio de Janeiro. Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) também mostram que a Amazônia perdeu, em um ano, 11.080 km² em área desmatada —maior índice da década.
A devastação ambiental tornou-se uma marca registrada do Brasil no exterior. A imagem do Brasil é cada vez pior, resultando até em isolamento internacional.
Reportagem de Danielle Brant e Renato Machado na Folha de São Paulo mostra que no Pantanal, o principal problema foram as queimadas, que devastaram 40.171 km², o equivalente a um quarto de todo o bioma.
O governo de Jair Bolsonaro tem responsabilidade direta sobre as queimadas e o desmatamento. Atuou contra os órgãos de fiscalização ,ao ponto de o titular do executivo afirmar que o “Ibama não atrapalha mais”, assinala a reportagem.
Por sua vez, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, falou em usar gado para evitar queimadas (o “boi bombeiro”) e, na expressão mais célebre, defendeu aproveitar a comoção com a Covid-19 para “passar a boiada” na legislação ambiental.
O Ministério do Meio Ambiente é omisso, silencia e faz pouco caso das críticas internas e internacionais. Já o Ministério da Defesa, limita-se a dizer que apoia a fiscalização ambiental.
Este artigo foi inicialmente publicado pelo site Brasil 247 [Aqui!].