Já abordei por diversas vezes neste blog as causas da falência objetiva do fundo de previdência dos servidores do Rio de Janeiro, o “RioPrevidência”. A face mais pública dessa condição falimentar são os constantes atrasos nos pagamentos das pensões e aposentadorias que têm tornado um verdadeiro inferno a vida de milhares de famílias fluminenses.
A principal causa dessa situação foi a realização de uma operação nebulosa para captação de recursos em mercados internacionais via a criação do “Rio Oil Finance Trust” no paraíso fiscal de Delaware, situado na costa leste dos EUA, e que já foi abordado por mim em diversas postagens (Aqui!, Aqui!, Aqui!, Aqui! e Aqui!),.
Pois bem, ao tentar verificar a situação mais atual do “Rioprevidência in USA“, encontrei uma análise feita por um site especializadoem análises financeiras que mostra que as notas do trust criado em Delaware foi rebaixada novamente pela agência Fitch (Aqui!). Como mostra a reprodução abaixo da análise, as perspectivas dos “bonds” do trust criado em Delaware estão no grau especulativo, o que representa uma perspectiva negativa a longo prazo. Um resultado prático disso é que os “bonds” desse trust serão motivo de negócios especulativos, potencialmente aumentando a pressão sobre o tesouro do Rio de Janeiro.
Mas para além das notas ruins, o que essa análise indica,é que os direitos aos recursos oriundos dos royalties que pertenciam ao RioPrevidência teria sido vendidos ao “Rio Oil Finance Trust”. Em função disso, o que precisa ser urgentemente inquirido é sobre qual foi o ganho que o RioPrevidência teve ao renunciar aos recursos dos royalties para alimentar um trust localizado em um paraíso fiscal!
Desde a minha posição de neófito em operações financeiras transnacionais, o que me parece evidente é que se alguém ganhou com essa transação não foram os servidores públicos do Rio de Janeiro. Assim, resta saber quem ganhou.
Em função disso é que pergunto: quando vamos ter aquela Comissão Parlamentar de Inquérito na Alerj para apurar essa situação toda?
Quando o MPRJ agirá?
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Quando o MPRJ vai se mexer?
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Marco Antônio, ótima pergunta!
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