Greve dos caminhoneiros cortou 50% da poluição atmosférica em São Paulo

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Hoje o Direto da Ciência do competente jornalista Maurício Tuffani traz uma informação para lá de interessante: a greve dos caminhoneiros serviu para cortar em 50% os níveis de poluição atmosférica na cidade de São Paulo [1]

direto da ciencia 1

Esse é um outro aspecto que, querendo ou não, os caminhoneiros acabaram expondo com seu exitoso movimento paredista. É que apesar de se saber que o material particulado e gases expelidos pela queima do diesel impactam a qualidade do ar, o que estamos vendo agora são medidas objetivas de quanto este impacto se trata, e ele é considerável.

O que fica claro é que a diminuição da importância do transporte rodoviária não será bom apenas para a diminuição do peso dos combustíveis fósseis na matriz energética brasileira.  É que com menos consumo de combustíveis fósseis ainda teremos um ganho significativo na qualidade do ar das nossas cidades e, por extensão, na saúde dos seus habitantes.

Lamentavelmente os últimos dias em que vimos inúmeros casos de violência entre consumidores em postos de gasolina são uma demonstração de que o Brasil ainda terá que evoluir muito até que possamos ter o grau de consciência que já existe em nações mais desenvolvidas e que, coincidentemente, estão diminuindo o seu consumo de combustíveis fósseis e os substituindo por matrizes energéticas mais limpas e menos impactantes sobre o clima da Terra, dos ecossistemas naturais e seres humanos que deles dependem para sua sobrevivência.


[1] http://www.diretodaciencia.com/2018/05/30/boletim-de-noticias-greve-de-caminhoes-reduziu-poluicao-a-metade-em-sao-paulo/

Um comentário sobre “Greve dos caminhoneiros cortou 50% da poluição atmosférica em São Paulo

  1. O petismo defendeu uma Petrobrás estatal?

    Para além da retórica que vemos hoje de por um lado os analistas burgueses defendendo a privatização da Petrobrás e a liberalização total dos preços e, por outro, o petismo reivindicando uma volta ao que foi a gestão da empresa nos anos do PT. É necessário ir a fundo nos dados.

    Em primeiro lugar, como já colocamos, durante os anos do petismo aumentou a porcentagem do capital privado estrangeiro nas ações da Petrobrás. Mas não foi apenas isso. O governo Dilma, o mesmo que praticou a política de preços controlados dos combustíveis pela via da Petrobrás, foi aquele que iniciou a venda de uma das maiores reservas de petróleo do mundo, ativo extremamente estratégico para a economia mundial, para empresas estrangeiras privadas como Shell, permitindo que estas explorem o petróleo do Pré-Sal.

    Em 2013, era entregue pelo governo Dilma por regime de partilha o campo de Libra, reserva do Pré-Sal, na época houve greve dos petroleiros que exigia a suspensão do leilão. Em 2016, o mesmo governo Dilma foi além e fechou acordo com Renan e Serra para aprofundar a privatização, tirando a obrigatoriedade da Petrobrás de participar da exploração das reservas de petróleo.

    Mas que mal há nisso?

    O fato do capital privado estrangeiro deter as ações da Petrobrás e ter tanta influência sobre as políticas da empresa, significa que 38% dos lucros desta empresa são remetidos aos exterior pela via de empresas e pessoas físicas que detém o capital da Petrobrás. Ou seja, anualmente, aproximadamente 40% dos recursos obtidos no país, são destinados para outros países como Estados Unidos.

    Sendo assim, por mais que a retórica tenha sido de enfrentamento ao capital estrangeiro, às leis de mercado, no conteúdo o que o petismo fez foi aprofundar a submissão ao capital estrangeiro e por esta via abriu caminho para a política privatizante que estamos vendo hoje. São duas políticas diferentes, que caminham para o mesmo objetivo.

    Um grande exemplo disso é que, em 2017, acionistas estrangeiros minoritários da Petrobrás entraram na justiça dos Estados Unidos reclamando que esta, com sua política que envolvia a corrupção e a má gestão (a política de subsídios aos combustíveis como sendo uma delas), levou a perdas significativas nos seus lucros e que estes teriam sido prejudicados. O resultado disso é que, por ordem de Temer, antes mesmo de ser condenada, a empresa aceitou fechar acordo se comprometendo a pagar quase 3 bilhões de dólares a esses empresários.

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