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Ao longo de 2016 venho falando sobre a desastrosa operação pela qual o (des) governo do Rio de Janeiro efetivamente faliu o RioPrevidência e tornou o estado prisioneiro dos chamados fundos abutres (Aqui!, Aqui e Aqui!).
Pois bem, agora em meio à crise financeira causada por uma combinação de farra fiscal, corrupção sistêmica e aumento galopante da dívida pública, o (des) governador Luiz Fernando Pezão está acenando com uma solução mágica para os problemas que seu (des) governo criou, a securitização de ativos (ver reprodução de matéria publicada no jornal Folha da Manhã sobre o assunto)
Em uma matéria publicada pelo jornal “O GLOBO”, Pezão chegou a declarar que “a securitização de ativos é uma grande saída para o Rio (Aqui!). O que não foi explicado pelo (des) governador é que esta “securitização” já foi praticada no Rio de Janeiro sob o codinome “Rio Oil Finance Trust” e teve como consequência a geração de uma dívida internacional que certamente está entre as causas da crise que atravessamos neste momento.
Mas para quem pensa que a “Operação Delaware” já foi desastrosa, a proposição que está sendo apresentada é objetivamente transformar o estado do Rio de Janeiro numa espécie de enclave dos fundos abutres. É que pelo que o (des) governador Pezão indicou, a securitização atingirá não apenas a dívida ativa, mas também as rendas futuras que serão oriundas dos royalties do petróleo.
Pelo que se vê, nada de positivo foi aprendido com o desastre do RioPrevidências. Aliás, muito pelo contrário, já que aparentemente essa operação se transformou numa espécie de panaceia que curará todos os nossos males. Nesse caso, os fundos abutres devem estar esfregando as mãos na espera da entrega do nosso futuro a preços de banana.
A coisa aqui me parece clara e cristalina. Ou se impede a “securitização” que o (des) governador Pezão quer fazer do Rio de Janeiro ou se entrega logo as chaves do Palácio Guanabara para os gestores dos fundos abutres.
Republicou isso em Arnaldo V. Carvalho.
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